terça-feira, 18 de março de 2014

O clima de Portugal nos últimos 350 anos

Notícia Jornal Público - 17.03.2014

Projeto envolvendo quatro universidades está a reconstituir o clima do país nos últimos 350 anos a partir do cruzamento de várias fontes de informação. Já há alguns resultados preliminares.


O mau tempo não perdoa. As marés “produziram inundações desastrosas na foz do Douro e nas praias de Ovar”. A água avançou com “força espantosa” sobre a Ericeira, arrombando muros. “Há anos que não chega a tão grande altura”. Em Torres Vedras, “em algumas povoações marítimas têm havido sinistros”. Algumas pessoas foram arrastadas pelas ondas. Na Costa da Caparica, os pescadores ficaram mais de um mês sem sustento “porque o mau tempo não os tem deixado pescar”.
Quem lê estas linhas pensa que se referem a este Inverno de 2013-2014, marcado por sucessivas tempestades e um rasto de estragos pelo país. Mas não: são relatos e notícias do século XIX. Houve pelo menos 148 episódios associados a tempestades de vento, segundo um levantamento realizado por investigadores do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa.
E, em grande medida, são uma cópia do que se continua a assistir no país: inundações nas zonas costeiras, casas destruídas pelo mar, ondas que varrem pessoas, árvores caídas nas cidades, construções afectadas. “As consequências é que podem ser piores, porque a pressão humana agora é maior”, diz Maria João Alcoforado, co-autora do estudo, juntamente com David Marques e António Lopes.
Olhar para as tempestades do século XIX é uma das várias linhas do KlimHist, um projecto envolvendo quatro universidades – de Lisboa, do Porto, de Évora e de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) – que pretende reconstituir o clima em Portugal nos últimos 350 anos. O projecto vai a meio e alguns resultados preliminares são apresentados esta segunda-feira na UTAD.
O ponto de partida é 1645, o ano em que começa um período de actividade solar muito baixa, conhecido como Mínimo de Maunder. Para um passado tão distante, não há senão registos meteorológicos indirectos. Os anéis de crescimento de centenários carvalhos-alvarinhos (Quercus rubor) da Mata Nacional do Buçaco estão a ser analisados para estudar a precipitação desde o século XVII. Descrições feitas por um mercador holandês do século XVIII, Inácio António Henkell, estão a ajudar na reconstituição das cheias do Douro. Há também estudos sobre a evolução da temperatura a partir de furos no solo ou sobre a aplicação de modelos climáticos para simular eventos meteorológicos extremos no passado.
 
Publicado por José Almeida

sábado, 15 de março de 2014

Nuvem de poluição cobre Paris

Algumas cidades francesas estão sob alerta máximo para a poluição. Em Paris, a Torre Eiffel mal se distingue na linha do horizonte preenchido por uma intensa nuvem acinzentada. A falta de chuva e o calor que se fazem sentir há vários dias têm impedido a dispersão da poluição, o que levou as autoridades locais a tomarem medidas.
 

 
As temperaturas têm rondado os 21º graus Celsius durante o dia, à noite os termómetros registam valores muito mais baixos, não tem havido chuva nem vento.
Devido à concentração de poluição e aos riscos para a saúde da população, o Ministério da Ecologia decidiu algumas restrições. Os automobilistas estão a ser aconselhados a deixar os seus carros em casa ou a não circularem em algumas zonas das cidades francesas e trocarem o seu veículo por transportes públicos, que até domingo são gratuitos na região parisiense de Île de France, em Caen (oeste de França) e Reims (este).
 
Recolha feita a partir do Jornal Público - 14.03.2014
 
Publicado por José Almeida

sexta-feira, 7 de março de 2014

Primeiro post

Com o blog agora criado pretende-se dar a conhecer algum do trabalho desenvolvido pelos alunos e professores de Geografia do Agrupamento de Escolas de Trancoso. Será, também, um espaço de comunicação e transferência de informação com relevância geográfica.